Desde a classificação dramática do Vasco da Gama, que fora
decidida nos pênaltis, contra o Lanús a imprensa futebolística não fala em
outra coisa a não ser o clássico entre Vasco e Corinthians. Por que tanta
repercussão? Não é apenas por ser um confronto entre brasileiros em um torneio
internacional, e nem apenas por se tratar de um jogo decisivo, tais motivos são
apenas um tempero a mais. Vasco e Corinthians vêm travando uma guerra desde
2009, quando o time da Colina foi eliminado pelo Corinthians e o então
comentarista de arbitragem da Globo, Leonardo Gaciba, ignorou pênalti em Élton, na época atacante do Vasco. Em 2011 o
clima entre as duas equipes não foi diferente, mais uma batalha foi travada
entre as equipes com um diferencial, o exército vascaíno sempre batalhava com
mais de um inimigo a cada partida. Em 2011 tinha como inimigos, o próprio
Corinthians (cujo presidente mais tarde seria nomeado por Ricardo Teixeira, ex-presidente
da CBF, diretor da Copa de 2014), os clássicos no final do campeonato, a
competição da Sulamericana e como sempre a arbitragem, que nos tirou treze preciosos
pontos, que fizeram toda diferença no final, contudo o exército da Colina não
recuou, lutou até o fim e teve o seu esforço glorificado pela sua apaixonada e
leal torcida.
Esse jogo será mais uma batalha e para uns a mais
importante. Corinthians é zombado por seus adversários por não possuírem ainda a
Libertadores, logo seria um prazer imenso eliminá-los. Porém não sejamos
infantis em minimizar a boa equipe que possuem, precisamos encarar que eles
são favoritos nesta partida, mas quem se importa? Na Copa do Brasil não éramos
favoritos, porém a cada jogo o Vasco vencia uma batalha, até vencer a guerra,
então que fiquem com o favoritismo, nunca precisamos dele. Nosso exército tem
os melhores soldados, liderança no prêmio dos Melhores do ano no Brasileirão, e
liderança entre os Melhores do Estadual.
Felizmente, a torcida se mostrou confiante e esgotou os
ingressos para a partida de quarta. Os corintianos vão encontrar um campo de
batalha minado e com muita pressão. O importante é que de modo algum ocorra o
que ocorreu contra o Lanús, teremos mais uma batalha pela frente e precisamos
lutar ao lado do nosso exército e não contra ele. Sei que aturar entrada de
Felipe Bastos no lugar do nosso Maestro não é algo fácil, mas na noite de
quarta a arma da nossa torcida deverá ser apenas uma: O apoio incondicional
durante os 90 minutos.
É um jogo que promete e por isso está sendo muito aguardado,
pegar o Corinthians em uma competição internacional para jogarmos, digamos de “igual
para igual”, era o que desejávamos. Fiquei um tanto desapontada ao ver que o
árbitro da partida será Sandro Meira Ricci, um árbitro brasileiro que o
Cruzeiro conhece bem, quando o mesmo apita jogos do Corinthians, e a diretoria
nada fez para mudar isso. É um jogo de guerra tática, por um lado Cristóvão usa
termos como “veneno” para designar a boa tática do grupo paulista, por outro
lado Tite diz que seu time está preparado e não seria surpreendido pelo Vasco.
É bom ficar de olhos bem abertos, para o Time da virada, surpreender é uma
rotina.