O
presidente do Vasco, Alexandre Campello, deu a sua primeira entrevista coletiva
e apresentou a sua diretoria. O destaque vai para o seu vice-presidente de
futebol, Frederico Lopes. O mesmo foi vice-presidente de patrimônio na gestão
do ex-presidente Dinamite.
Muitos
esclarecimentos eram esperados. Por que após a vitória de Campello nas urnas, o
primeiro nome a ser gritado foi o de Eurico Miranda? Por que ele resolveu
romper com a chapa de Júlio Brant, Sempre Vasco? E por que aos “45 minutos do
segundo tempo”?
Bom,
vamos às respostas. Inicialmente, antes mesmo da coletiva oficial, logo após o
resultado que sagrou Campello presidente do Vasco no próximo triênio, o atual
presidente fez questão de dizer que sua chapa é uma chapa pura e de oposição a
Eurico. Garantiu que pessoas ligadas a Eurico Miranda não terão espaço em sua
diretoria, não terão cargos ou vice-presidências. Quando questionado sobre os
gritos a Eurico Miranda, Campelllo disse que Eurico “surfou” em sua onda. E
sobre o rompimento com Júlio Brant, ele afirmou que sua chapa foi deixada de
lado.
Sobre
esse questionamento, Campello afirmou que depois dos resultados das eleições do
dia 07 de novembro tentou contato inúmeras vezes com Júlio Brant sem sucesso. Acusou-o
de não ter sido transparente em suas atitudes, citando o fato em que Brant
teria mentido pra ele dizendo que viajaria à Califórnia, enquanto na realidade
estava indo á Europa para visitar clubes e tentar uma negociação com Eto'o. Campello
não parou por aí. Disse que se houve traição no racha da chapa, essa foi
cometida pela Sempre Vasco, ao deixa-lo “escanteado”, e pela postura, segundo
ele, arrogante de Brant, por passar a se portar como presidente sem esperar as
eleições, o que teria culminado na revolta de conselheiros, que se sentiram
desrespeitados e que por isso quiseram a separação das chapas. “Se eu não fosse
o candidato, teria outro”, afirmou Alexandre Campello. Ainda sobre Brant,
Campello alegou que sua derrota deveu-se ao não conhecimento do estatuto.
Brant,
por sua vez, atribuiu sua derrota a uma manobra duvidosa, que ele chamou de traição.
E embora Campello tenha dito que sua chapa é pura e sem ligações com Eurico,
Júlio declarou que Eurico foi o campeão da noite!
Deixando
um pouco o House of Cards da Colina de lado, os vascaínos também estão interessado nas questões relacionados ao time dentro de campo. Depois da declaração do Eurico
sobre as passagens para o primeiro confronto do Vasco na Libertadores, essa deve ser a primeira questão
a ser resolvida e esclarecida, não só para os torcedores, mas principalmente
para o elenco, que como demonstrou Martín Silva, está incomodado com todo os
efeitos causados pelo ambiente político de São Januário. Há também as questões dos
salários atrasados, que agora completam três meses de atraso.
Ao
que parece, Campello deve começar com um reforço financeiro para pelo menos
resolver essas questões iniciais. Devem entrar 32 milhões nos cofres do Vasco. Esse
valor é referente às vendas do Mateus Vital ao Corinthians e de Madson ao
Grêmio. O valor é composto também pela segunda maior comprar da história no
futebol, diz respeito ao valor que o Barcelona pagou para ter Phillipe Coutinho
integrado ao seu elenco. E Por fim, uma parte é da empresa farmacêutica Lasa, o
novo patrocínio master do Vasco da Gama.
Por fim, Campello
disse que vai mostrar ao longo de sua gestão que não tem ligação com Eurico
Miranda, e que sua chapa foi uma chapa de oposição que conseguiu o que a
torcida queria. No entanto, enquanto isso a desconfiança permanece. Será mesmo
que Eurico e Brant “surfaram” na onda de Campello e acabaram levando um
caixote?
Milca Jarrah
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