UNIDOS POR AMOR AO VASCO!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Jorge Wilstermann 4 (2) x (3) 0 VASCO - Um drama pra nem Shakespeare colocar defeito!


Se a caneta usada para escrever o destino do Vasco hoje, fosse entregue ao pior dos pessimistas, acredito que a trajetória não seria tão difícil!




Estávamos vivendo um sonho. O Vasco se classificou para Libertadores. No primeiro jogo, estreamos com uma goleada fora de casa, e em São Januário ratificamos a classificação. Veio o segundo jogo e nossos meninos brilharam e, novamente uma goleada no primeiro confronto contra o Jorge Wilstermann. Com nossa defesa intacta, viajamos para a Bolívia, embalados em nossos sonos tranquilos.

Como uma mãe que acorda um filho que está atrasado para ir à escola, o Jorge Wilstermann resolveu interromper nosso doce sonho, logo aos 6 minutos com dois gols, sem nos dar tempo para respirar (acordar) e começou a nos impor um pesadelo. Um pesadelo daqueles que a gente não consegue acordar, estamos conscientes, tensos, mas ainda assim o mau sonho nos sufoca. O Vasco se esforçava pra jogar, pra manter a bola nos pés, pra tentar chegar ao campo adversário, mas a agressividade do Wilstermann somada à altitude, não nos davam chances. E é nessa hora que você se pergunta? Pode piorar? E o destino respondeu: Pode sim! Aos 16 minutos, Chávez marcou mais uma vez para o time boliviano.

Agora estávamos a um gol do empate! Como assim? Como um time reverte uma vitória de 4x0? Pelo péssimo futebol que o Vasco mostrou no primeiro tempo, o pesadelo começava a tomar formas reais. A eliminação parecia iminente, sem espaços para esperança.

O Vasco voltou um pouquinho melhor para o segundo tempo, mas não encaixava uma reação. Ainda mantínhamos as nossas esperanças, clamávamos por um golzinho como uma criança sonolenta que implora a mãe: “Só mais cinco minutinhos”. Não queríamos acordar! E aos 25 minutos, Zenteno, um jogador barrigudo, já meio fora de forma, marcou de cabeça e fez o quarto para o Jorge Wilstermann.

Ei acorda! O sonho acabou! O sonho da Libertadores acabou! O Vasco não jogou nada, não soube enfrentar a altitude. Serginho fez uma grande partida e o Gigante não pôde impedir. Nas bolas aéreas, o cruzmaltino não demonstrou perigo e nem soube se defender. O Roldan, ah esse árbitro caseiro, errou duas vezes de maneira crucial e interferiu no resultado do jogo. Se tivesse dado o pênalti...Galhardo expulso, um a menos. Acabou! O sonho acabou!

Que nada! Quem não conhece a frase: “Se não for sofrido não é Vasco”?

Fomos para os pênaltis, agarrados ao último fio de esperança. Orações começaram a pairar os céus da Bolívia, elas chegavam do Brasil, inúmeros pedidos para que o nosso ídolo Martín Silva fosse iluminado. Primeira cobrança para o Vasco, Andres Rios marcou. Primeira cobrança para o Jorge Wilstermann: MARTÍN SILVA! Nosso goleiro uruguaio defendeu duas cobranças, apesar de recente, nem estávamos lembrando da chance perdida por Desábato. Nossa oração era só uma: Faz Rildo, faz! E Rildo perdeu!

Será? Será que não vamos nos classificar? Por que tão sofrido? Enquanto esses pensamentos minavam nossas cabeças, o paredão uruguaio, o ídolo cruzmaltino se aproximava para tentar defender mais uma cobrança... Bastava defender mais uma vez. Alex Silva ajeitou a bola para a cobrança e... MARTÍN SILVA!  

Martín Silva nos colocou de volta à competição e sacramentou nossa classificação. Nosso ídolo nos permitiu continuar sonhando com a Libertadores. Devido a tanta tensão e emoção vai ser difícil voltar a dormir, mas quando a torcida cruzmaltina voltar a dormir e a ter bons sonhos, apenas nos acorde na fase de grupos, no dia 13 de março contra o Club Univeridad de Chile.

Boa noite e bons sonhos!


Milca Jarrah


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